O juiz da Vara de Execuções Penais de Contagem, Wagner Cavalieri, publicou portaria nesta quarta-feira que estabelece que o governo de Minas, por meio da Secretaria de Administração Prisional (Seap), retome imediato diálogo com os servidores do sistema penitenciário para que as visitas na Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, ocorram dentro da normalidade, sob pena de improbidade administrativa.
Nos últimos dias, familiares de detentos passam por transtornos para visitar presos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria. No último sábado, a reportagem da Itatiaia esteve no presídio e acompanhou a revolta de alguns visitantes que não conseguiram ver os detentos.
A dificuldade ocorre por causa de manifestação realizada pelos servidores em protesto ao parcelamento dos salários, à indefinição sobre o 13º e ao baixo número de profissionais da área.
O vice-presidente da Associação Mineira dos Agentes e Servidores (Amasp), Luiz Gelada, ressalta que os serviços prestados pelos agentes, principalmente as visitas às unidades prisionais, continuarão sendo impactados enquanto o governo não apresentar uma solução. “A falta de 13º, a falta de servidor nem mesmo a previsão de concurso público, causou uma indignação enorme. Está afetando o agente penitenciário”, explica Luiz Gelado.
Ele ainda critica o atual governo. “Desde que o governador Fernando Pimentel assumiu, nunca tratou com respeito a pasta da segurança, que é a do sistema prisional. Desde sua chefia, que nunca foi um agente penitenciário. Então, são pessoas que nada entendem do sistema prisional”.
A Secretaria de Administração Prisional de Minas (Seap) preferiu não comentar a fala dos agentes. Já a Secretaria de Fazenda informou que a escala de pagamento é elaborada de acordo com o fluxo de caixa do Estado e as previsões de receitas.
Um comunicado sobre o 13º dos servidores deverá ser divulgado pelo governo nesta quarta-feira.
Fonte: Itatiaia